Escolhidos pelo povo, eles, agora, aguardam a Justiça julgar os
recursos, uma vez que estão enquadrados na LEI DA FICHA LIMPA!
Corte aonde serão julgados todos os Fichas Sujas |
Brasília - Em oito cidades de Minas, os candidatos escolhidos pelos
eleitores no domingo 07/10, para governar os municípios podem não tomar posse
em 1º de janeiro. Os prefeitos eleitos tiveram suas candidaturas questionadas
pela Justiça, sendo quatro deles barrados pela Lei da Ficha Limpa.
Todos recorreram das decisões ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e disputaram a eleição “Sub Judice”, ou seja, caso a decisão
final não seja favorável, eles serão impedidos de tomar posse.
Um dos que terão que vencer a batalha na Justiça é Geraldo
Ribeiro de Morais, conhecido como Dico (DEM), que já foi prefeito de Paulistas,
no Vale do Rio Doce, e tenta retornar ao Executivo. "Eu paguei o
funcionalismo público no último dia de mandato e estourei o orçamento
anual", disse, explicando por que foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa
por rejeição de contas públicas.
Já Reginaldo Moura Batista (PPS), que teve 2.441 votos em
São Pedro dos Ferros, na Zona da Mata mineira, também foi enquadrado na lei por
rejeição das contas de mandato anterior, mas diz que não se sente confortável
por ser tratado como "Ficha
Suja". "Mágoa não (sinto), mas um sentimento a gente tem,
sim".
Outros quatro vencedores nas urnas que podem ser impedidos
de tomar posse tiveram as candidaturas indeferidas, por exemplo, por
desincompatibilização fora do prazo e por problemas com a convenção partidária.
Desistência - No total, 49 candidatos a
prefeito foram barados pelo TRE por causa da Lei da Ficha Limpa. Muitos renunciaram à candidatura. Foi o caso de
Athos Avelino (PSB), candidado em Montes Claros, no Norte de Minas, e de
Sebastião Quintão (PMDB), que desistiu de concorrer a vice-prefeito em
Ipatinga, no Vale do Aço.