Policia Militar do maranhão ameaça greve geral

São Luis - Reunidos na noite de ontem, em uma Assembléia geral, na sede da Federação dos Trabalhadores da Indústria do Estado do Maranhão (Fetiema), policiais militares e bombeiros decidiriam iniciar uma 'operação padrão' a partir do dia 8 de novembro.

As categorias estão insatisfeitas com algumas iniciativas do governo estadual, a exemplo da não inclusão das reposições das perdas salariais dos militares no orçamento para o ano de 2012, enviado à Assembléia Legislativa.

Segundo o sargento Jean Marie, presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Maranhão e diretor da Associação dos Servidores Públicos Militares do Estado do Maranhão (Assepmma), a assembléia geral foi convocada pelos sócios da segunda entidade para dar explicações aos militares sobre o andamento das negociações com o governo do Estado e discutir o porquê de o orçamento para o ano de 2012 foi enviado para a Assembléia Legislativa sem contemplar as reposições das perdas salariais dos PMs e bombeiros, que está no índice de 30%.

Outro ponto discutido durante a reunião foi o fato de o governo não está cumprindo a decisão judicial para o escalonamento vertical, já tramitado e julgado. 'Esse escalonamento é o índice que tem como parâmetro o salário do soldado ao do coronel', informou Jean Marie.

Operação padrão
– O dia 8 de novembro será o prazo para que o governo procure as categorias para negociar. Se isso não acontecer, como disse Jean Marie, será iniciada a operação padrão, na qual os militares só irão trabalhar se tiverem condições legais de trabalho. 'O policial não trabalha se o colete à prova de balas ou as munições estiverem vencidas, se o armamento não estiver adequado ou se as viaturas estiverem com os pneus carecas', explicou.

Jean Marie achou importante colocar que as categorias não estão reivindicando apenas melhorias salariais, mas sim melhores condições de trabalho, mais viaturas, equipamentos individuais adequados, armamentos e munições em dia, mais policiamento, além de concursos para PMs e bombeiros. E que, dessa forma, possam dar condições de segurança para a sociedade, que tanto respeitam.

Por Wellington Rabello - Jornal Pequeno