Soldado da Polícia Militar do Piauí confessa que é viciado em "crack"

 

Piauí - Preso em Quartel da Polícia Militar (PM) por deserção (fuga das fileiras militares), o soldado Aurélio, confessou, em entrevista exclusiva concedida ao apresentador do programa “Patrulha”, da Rede Meio Norte, Pádua Araújo, que é viciado em crack.

O soldado Aurélio disse que era viciado em bebidas alcoólicas e começou a consumir crack em Teresina, depois que foi transferido do município de Bom Jesus, onde trabalhava.

“Comecei a usar crack depois do suicídio de meu irmão e por depressão”, declarou o soldado Aurélio, tremendo muito.

Ele concedeu a entrevista vestindo a farda da Polícia Militar quando foi fazer o exame de corpo delito no IML (Instituto Médico Legal).

O soldado Aurélio disse que se afastou de seu trabalho na Polícia Militar por oito dias para visitar sua família no município de Bom Jesus, no sul do Estado.

“Eu desertei porque eu pedi ajuda e a Polícia Militar não me ajudou. Minha família mora em Bom Jesus e eu passei mais de um ano sem ver minha família.
 
Antes, eu trabalhava em Corrente e quando cheguei em Teresina eu entrei no mundo das drogas. Eu também era dependente do álcool.
 
Já fui, tinha mais de ano que eu parei, mas retomei de novo no sábado passado”, declarou o soldado Aurélio.

Ele contou que usa crack e toma medicamentos de uso controlado pelos médicos.

Lotado no 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM), o soldado Aurélio disse que pediu ao comando da instituição por socorro por causa do vício em crack.

“Mas eles não me ajudaram não. O único jeito para ver minha família foi desertando viajando para Bom Jesus.
 
Estou preso depois que me apresentei voluntariamente no quartel e recebi a voz de prisão. O que eu peço é ajuda, para que eles possam me ajudar.
 
Minha família queria me levar para Brasília para me internar, mas eu não encontro apoio psicológico”, falou o soldado Aurélio, que ganha R$ 670 por mês líquido, mas ganha R$ 1,5 mil brutos.
 
Eu ganho menos no final do mês porque fiz um empréstimo para construir minha casa”, declarou.

O soldado Aurélio afirma que não sabe até hoje porque foi transferido de Corrente para Teresina há dois anos. “Eu estou com dois anos em Teresina, que vão ser completados agora em junho”, falou o militar.
 
Fonte/blog do Efrém Ribeiro