Famílias Sem Tetos se Refugiam na Sede do CRDH de Açailandia-MA


A historia do casal Aldair da conceição silva de 38 anos e Diana Sousa dourado de 34 anos é de comover “qualquer um” eles tem cinco filhos e um neto, e estão vivendo momentos de muitas dificuldades.

O casal morava na vila ildemar quando foram informados de uma  invasão localizada nas proximidades da Vila Capelosa, por se encontrarem desempregados e sem casa para morar resolveram se juntar as pessoas que faziam parte daquele movimento que não deu certo, deixando dezenas de famílias em uma situação bem pior.

A única renda da família é R$ 120,00 do Programa bolsa família, dinheiro que tem que dar para as despesas de casa, aluguel, e compra remédios para a senhora Diana que é portadora de uma doença considerada rara “Síndrome do Pânico” ela toma remédio controlado, e quando esse falta, começa a ter crises.

Dona Diana Foi acometida da doença a partir do dia que ela presenciou a mãe grávida de gêmeos ser assassinada com um tiro de espingarda, fato ocorrido quando a mesma tinha apenas nove anos de idade, na época a família morava em Amarante-MA.

Após ser cumprido o mandado de reintegração de posse da área o casal ficou na rua da amargura, sem ter para onde ir, foram acolhidos pelo Centro de Referencia dos Direitos Humanos de Açailândia, coordenado pela senhora Maria do Socorro Piorsky Amorim que os levou para a sede do CRDHA, onde permanecerão até encontrarem um lugar para ir.

Uma historia parecida é a do casal Francivaldo da Costa Sousa de 36 anos e Claudete dos santos Silva de 28, pais de quatro filhos todos menores de idade, um de 5 nos toma remédio controlado, eles também foram despejados e se encontram alojados na cede do CRDHA.

Dona Claudete também enfrenta sérios problemas de saúde, por não ter condições financeiras, nunca fez um tratamento, pois a mesma depende unicamente da saúde publica municipal que anda mal das pernas.

REIVINDICAÇÃO – A principal reivindicação das famílias que hoje se encontram sem um teto, e um local para construir suas casas, pois os mesmos continuam sonhando com a Casa própria.

REVOLTA – segundo os sem tetos, a maior indignação deles, é saber que o prefeito da cidade assiste tudo de camarote e nada faz para resolver a situação.

DIREITOS HUMANOS – durante uma conversa com a senhora Maria do Socorro, coordenadora do CRDHA (Centro de Referencia dos Direitos Humanos de Açailandia), podemos sentir a sua revolta com o prefeito municipal Ildemar Gonçalves “PSDB”, que teria recebido recursos dos governos federal e estadual, mais que não teria aplicado como deveria, deixando centenas de famílias sem nenhuma assistência, em situação subumana.

 Só em 2010  à assistência Social de Açailandia recebeu do governo Federal o Montante de  R$        11.440.640,65 ( Onze Milhões quatrocentos e quarenta mil, seiscentos e quarenta reais e sessenta e cinco Centavos), valor que a população não sabe como foi gasto. acesse o link e veja os numeros. www.portaldatransparencia.com.br
  
veja abaixo matéria públicada pelo o blogueiro gilberto freire:

Tensão e manifestos em reintegração de área invadida em Açailândia

Os sem tetos invadiram a área que fica entre a Capelosa e o Conjunto Nova Açailândia, centenas de barracos já haviam sido construídos no local e que já estava todo limpo e livre até dos marginais que se escondiam ali.

Em uma ação de despejo assinada pelo Juiz André Bogéa da segunda vara de Açailândia, e a pedido do empresário Carlos Gallete e o pecuarista Egidio Quintal, oficiais de justiça acompanhados de policiais militares deram o aviso de retirada aos moradores que já estavam instalados e os que ainda estavam levantando seus barracos na área invadida.

Depois de dado o aviso, os funcionários da prefeitura, a mando da justiça começaram a derrubada dos casebres no começo da ação houve um principio de manifestação com pneus queimados na Avenida JK, a policia impediu o prolongamento do manifesto usando bombas de efeito moral, o que deixou os moradores assuntados e segundo testemunhas,  a bomba teria explodido ao cair no fogo feito pelos moradores provocando o ferimento de um jovem e uma criança, os dois teriam sido levados para o Hospital Municipal.

Uma das principais reivindicações dos moradores era com relação aos documentos que comprovam a posse do terreno, segundo eles a área não pertence aos nomes citados nos documentos e sim a senhora Fátima Capelosa que foi embora deixando a área para aquela população, mais isso também não foi comprovado através e documentos.

Durante toda a manhã desta segunda feira foi tenso a movimentação na área desapropriada, alguns moradores não queriam deixar as casas por não terem para onde ir.

Sentiu-se muito a falta de uma intervenção do poder público no local.

Além da policia, foi chamado também o conselho Tutelas e representantes dos Direitos Humanos que estiveram dando apoio à justiça.

Durante a reintegração duas pessoas foram detidas e duas mulheres passaram mal a ponto de terem que ser levadas para o HM.

Em um dos momentos mais tensos, os moradores aproveitaram a ausência da policia no apoio as equipes que estavam derrubando os barracos e botaram eles para correr, com gritos, xingamentos e pedras, os homens foram acuados e tiveram que buscar refúgio perto da viatura policial onde tiveram mais segurança, após muitos protestos, finalmente a policia conseguiu manter os sem tetos fora da área invadida e os homens do apoio fizeram a derrubada de todos os barracos.
 
por gilberto freire: gilberto_freire@hotmail.com